Estoicismo

447 palavras 2 páginas
Um dos principais representantes da corrente filosófica estoicismo, na Grécia antiga, foi o escravo Epíteto.Como escravo, Epíteto deparava-se com um problema que dizia respeito diretamente à sua felicidade. Ao pensarmos na relação senhor-escravo, todos imaginam imediatamente que o senhor será feliz e o escravo infeliz. Afinal, o senhor tem tudo o necessário à felicidade: as melhores comidas, as melhores roupas, os mais variados divertimentos... e não precisa trabalhar. Já o escravo não tem nada, nem mesmo o seu próprio corpo, que pertence ao senhor.

Como o escravo poderia ser mais feliz que o seu dono? Isso seria possível?
O filósofo resolveu a questão através de uma inversão de valores. Para ele, o que nos deixa felizes não são as coisas que temos, mas o significado que damos a elas. Por exemplo, se um belíssimo carro nos lembra uma pessoa querida, que morreu, esse carro será fonte não de alegrias, mas de tristezas.

Para Epíteto, o que nos torna felizes é a forma como encaramos aquilo que nos ocorre. Assim, devemos distinguir entre as coisas que podemos mudar e aquelas que não podemos mudar.

Entristecer-se ou preocupar-se com algo que não podemos mudar, é tolice.Esse ponto de vista foi expresso na frase: “Deus me dê paciência para agüentar aquilo que não pode ser mudado, coragem para mudar aquilo que pode ser mudado e principalmente sabedoria para distinguir um do outro”.
Mas os estóicos não só propunham paciência para aquilo que não pode ser mudado. Na verdade, os infortúnios podem ser fonte de felicidade, dependendo do sentido que se dá a isso. Se tudo que tenho é minha roupa do corpo, mas amo essa roupa, ela é fonte de felicidade. Essencialmente, o que importa é a atitude mental. “Se sou forçado a morrer, porém não entre gemidos, a ir para a prisão, mas não em meio a lamentações, a sofrer o exílio, mas o que impede que seja alegremente e de bom humor?”, dizia Epíteto.

Para ele, o que nós realmente possuímos não são os bens, os amigos, a saúde,

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