estetica negra
Cassi Ladi Reis Coutinho 1
Resumo:
Esta comunicação pretende apresentar o processo e analise do jornal A Tarde como fonte de pesquisa para construção do projeto A Estética Negra em Salvador 1980-2005.
Para tal, é importante ressaltar a modificação da visão apresentada por este, no que se refere à imagem do negro, em dois momentos históricos o que nos propõe uma analise critica desta fonte, a partir do momento que ela não só nos apresenta o cotidiano da sociedade em questão, mas também os ensaios do autor e do seu tempo. Esta visão possibilita a construção e desconstrução de imagens sustentadas, que podem contribuir, ou não, para a valorização da auto-estima dos sujeitos. Esta que é de extrema importância na formação do individuo, principalmente em idade escolar. A escola aparece como um dos espaços onde se desenvolve o processo de construção da identidade (Gomes, 2003). A exposição deste trabalho, ainda em desenvolvimento, possibilitará a troca de informações e o seu enriquecimento.
Palavras Chaves: comportamento, estética, auto-estima, identidade negra.
No Brasil, temos assistido, ao longo dos anos, o crescimento de uma estética negra com uma valorização positiva de aspectos fenótipos “naturais”. Podemos verificar uma maior aceitação ou menor rejeição pela sociedade em geral de um modelo de pentear/adornar os cabelos que diferem do baseado no “padrão europeu”.
Nos Estados Unidos surgiram movimentos que lutaram pelos direitos dos negros com variadas estratégias, entre outras de modificação do padrão de beleza, baseado numa estética branca. Por exemplo, na década de 1960: “A Fuller Products Company fatura mais de 10 milhões de dólares com o lançamento de cremes para branquear a pele e alisar o cabelo. A propaganda promete com isso, o fim da discriminação” 2 .
Empresas como esta continuam faturando com a falsa propaganda de modificação dos fenótipos dos negros.
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Mestranda do Programa