Esterilização e descontaminação por radiação
A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, econômica e segura que tem tido um rápido crescimento na indústria médica nos últimos 15 anos. Prevê-se que no ano 2000 mais de 50% de produção de itens médicos descartáveis serão esterilizados por esse processo. Duas fontes de radiação podem ser utilizadas neste processo: raios gama de uma fonte de 60Co ou feixes de elétrons de aceleradores de alta energia.
A radiação ionizante destrói os microorganismos presentes em produtos médicos quebrando suas cadeias moleculares e induzindo reações dos fragmentos com o oxigênio atmosférico ou compostos oxigenados, ou seja, mata os microorganismos e previne sua reprodução.
Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante.
A esterilização com EtO dominou o segmento do mercado de esterilização de produtos médicos descartáveis por muito tempo. Entretanto, sua natureza tóxica e a emissão de poluentes ao meio ambiente fez com que a Occupational Safety and Health Association (OSHA) a declarasse uma técnica agressiva adotando uma política rígida em sua aplicação. Atualmente, diversas empresas mundiais estão substituindo este processo de esterilização por radioesterilização. A elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo:
* Os produtos são esterilizados já na embalagem final;
* A penetração da radiação assegura esterilização de todo o volume do produto, seja na forma de sólido, líquido ou gel; * Processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual;
* Emprego de embalagem impermeável a gases,