Estatuto do idoso
Nas ruas, estão os símbolos reais do capital: fast food, caixas eletrônicos, self service. Pessoas que estão nas ruas, mas não são notadas. A cidade-mercadoria. Os olhos mortos assistem a mais uma demolição de casa no centro. As cidades vivem um eterno janeiro.Vazias de movimentos sociais. Corremos pela sobrevivência.Os dias estão cada vez mais caros. O dinheiro continua nas mãos de poucos. E a maioria, sem ter o que comer. Como será o amanhã? O sonho fica distante.
Não há surpresas. Vamos em frente, plugados mecanicamente. Para onde? Os jovens estão de cabeça baixa – uns tantos. Os idosos, muitos, travados. Tem um espaço para ocupar na sociedade. Intervir na família, no bairro e na cidade. Numericamente, são superiores. Eles devem atuar socialmente. Politicamente. Povoado de planos. A vergonha é uma das mais poderosas máquinas de enquadramento social que existem (Cristovão Tezza).
De documentos específicos para os idosos, estamos bem servidos. Carecemos de informação. O Estatuto do Idoso é mesmo, na minha opinião, um ilustre desconhecido. Já se vão seis anos de sua existência, sem grandes transformações provocadas na vida dos cidadãos idosos.
Dos leitores idosos, quantos leram e/ou conhecem o Estatuto? Que precisa ser lido, conhecido, estudado. Debatido. Como exigir direitos, se você não os conhece?
Detalhe: a própria sociedade não está preparada, organizada o suficiente para receber o Estatuto. A começar por algumas repartições públicas. Os serviços (alguns também) públicos municipais. Metaforicamente falando, é como construir uma casa, iniciando pelo telhado. É hora de recomeçar. Reconstruir. E eu acredito que ” todas as forças estão reunidas para que o dia amanheça”(Cristovão Tezza)
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