Estado, Governo e Mercado
No Estado Liberal a sociedade buscava igualdade e lutava pela garantia de seus direitos naturais de liberdade, igualdade e propriedade e faziam críticas a excessiva intervenção do Estado na sociedade. Os liberais lutavam pelo livre comércio e criticavam a Lei dos Pobres, pois para eles não era apenas uma maneira de ajudar os necessitados, mas um agravante da pobreza vivida pelos menos apossados e uma artimanha para a maior dependência do Estado. Também se acreditava que essa Lei dos Pobres além de estimular um crescimento desenfreado, onde a população crescia mais que a produção de alimentos e o aumento cada vez maior da dependência em relação ao Estado, ela era contrária a um dos principais princípios do liberalismo que é a independência de cada pessoa em uma sociedade livre, onde com isso o Estado tinha cada vez mais o controle. A sociedade liberal era livre e independente, não se submetendo às ordens de nenhuma pessoa, apenas às leis. O Estado intervinha somente naquilo que era muito necessário e que garantisse os direitos de igualdade, liberdade e propriedade da sociedade e as demais dimensões da sociedade ficavam sob a regulação do mercado. Nessa forma de governo cabia ao Estado à manutenção das leis e a garantia de segurança e direitos dos cidadãos, para que eles pudessem se dedicar às suas atividades de mercado. Os liberais acreditavam que o mercado era autorregulável e que não necessitava da intervenção do Estado, garantindo, assim, sua autonomia na economia. Ao Estado cabia apenas aquilo que o mercado não podia fazer, todas as outras coisas ficavam na responsabilidade e controle do mercado. No Estado Liberal não era garantido apenas os direitos civis e econômicos, mas também o político, onde a sociedade podia eleger um representante e o governo teria que prestar contas à sociedade que o elegeu. Mas apesar da democracia representativa, o Estado Liberal tinha medo de um governo de classes, pois boa parte dos seus eleitores