Estado de natureza
(Estado Natural também chamado de Estado de Natureza, é o estado anterior à constituição da sociedade civil. Todos os autores contratualistas admitem, de certa forma, um "estado de natureza". Alguns dos autores contratualistas, apesar de descreverem um "estado de natureza", admitem que ele possa nunca ter vindo a existir, mas que era preciso fazer essa construção para entender a formação da sociedade civil).
Para Thomas Hobbes, o "estado de natureza" é qualquer situação em que não há um governo que estabeleça a ordem.
Hobbes esboçou o que seria a vida dos homens antes das sociedades organizadas tomando como base que a natureza fez os homens iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, onde cada indivíduo teria todos os direitos para conservar sua vida (Mas qual seria esse direito). Esse é o "direito de natureza (o jus naturale) que vem ser a liberdade que cada homem possuiu de usar seu próprio poder, da maneira que quiser para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim". O "estado de natureza" é um estado de guerra permanente, representando a vida antes de um poder instituído e, portanto, ele está inserido nessa "guerra de todos contra todos", onde "o homem é o lobo do homem" (homo homini lupus). A condição do homem em tal estado, consequentemente, era miserável e sua vida era solitária, sórdida, embrutecida e curta, não existindo indústria, ciências, letras e muito menos arte. Entretanto o pior, e constante, temor era o perigo de morte violenta.
Na natureza humana, segundo Hobbes, encontramos três causas principais de discórdia: a competição, a desconfiança e a glória. "A primeira leva os homens a atacar os outros tendo em vista o lucro; a segunda, a segurança; e a terceira, a reputação". O homem, no estado de natureza, não pode cultivar o