Estado absolutista
Entender a natureza social do absolutismo é vital para compreender a passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa e dos sistemas políticos que a diferenciaram.
A fim de facilitar a compreensão, o autor trabalha com a proposta de comparar o Estado absolutista da Europa Ocidental e da Oriental.
Anderson demonstra que durante os séculos XIV e XV um período de crise no modo de produção feudal teve por conseqüência a ruptura com a soberania piramidal que viria a facilitar o surgimento do Estado absolutista no Ocidente.
As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado.
Na verdade a nobreza no absolutismo não foi desalojada do seu poder político, ou seja, o absolutismo era um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas á sua posição social tradicional.
Porém para o autor, o Estado possuía características capitalistas, mas a autoridade política permanecerá a mesma do antigo sistema feudal, ou seja, ela não fora desalojada do seu domínio político.
?(...) O Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova capacidade política de uma nobreza atemorizada.? (ANDERSON; 1965 p.18).
Porém a cidade medieval foi capaz de se desenvolver, porque cada vez mais as economias urbanas se libertavam da dominação direta de uma classe dirigente rural.
O Estado absolutista do Leste, foi uma máquina repressiva de uma classe feudal que acabara de suprimir as tradicionais liberdades comunais da população pobre , ou seja, foi um mecanismo para a consolidação da servidão num ambiente onde não existiam cidades autônomas ou uma resistência urbana.
As cidades do Leste não tinham investimentos estrangeiros, o seu comércio externo era insignificante.