Estado absolutista
O primeiro sistema de governo das nações modernas
O Estado absolutista surgiu na Europa ocidental no transcurso do século 16. Sua principal característica foi a centralização do poder político e militar nas mãos do monarca soberano (ou seja, um rei ou príncipe hereditário) rompendo, portanto, com a soberania piramidal e parcelada que caracterizava o vasto conjunto dos domínios dos senhores feudais no período precedente.
Durante muitas décadas, o absolutismo foi tema de inúmeros debates acadêmicos, entre os cientistas sociais, que se preocuparam em desvelar a natureza social e histórica deste tipo de Estado.
Abordagem marxista
As controvérsias a este respeito remontam aos pensadores Karl Marx e Frederich Engels, que formularam teorias com base no materialismo histórico (isto é, que têm como enfoque a luta de classes) apontando que o poder do Estado serve basicamente aos interesses das classes que controlam os meios de produção.
Dentro da perspectiva marxista, portanto, o poder político centralizado pelo aparelho do Estado possui vínculos com a economia e o modo como os homens produzem os meios de sua sobrevivência.
Absolutismo como "equilíbrio de forças"
Na época da formação dos Estados absolutistas, o feudalismo, com seu sistema de extensas propriedades fundiárias e controle sobre os camponeses, continuou sendo o modo de produção predominante. A nobreza feudal (proprietária de terras) era a classe dominante. Mas, a burguesia já despontava como uma classe social importante estimulando o aparecimento de um novo modo de produção: o capitalismo mercantil.
A coexistência dos dois modos de produção numa mesma formação social levou muitos pensadores marxistas a conceber o Estado absolutista como uma espécie de "mediador político" entre os interesses das classes proprietárias.
Para Marx e Engels, como também para gerações de pesquisadores marxistas, o Estado absolutista seria, portanto, produto de um "equilíbrio de forças" entre a