Espectroscopia
OBJETIVOS:
Mediante e execução da presente prática pretende-se que o aluno se torne capaz de: a) determinar pelo método de Walkley-Black, adotado pela EMBRAPA a percentagem de carbono orgânico em amostras de solo; b) transformar os resultados de C org. obtidos, em % da matéria orgânica; c) interpretar os resultados obtidos sob o ponto de vista agronômico; d) descrever as transformações ocorridas no sistema solo (amostra de terra) – reagentes, durante a realização da prática.
LEITURA PREPARATÓRIA
A matéria orgânica do solo representa um grande número de materiais de origem vegetal e animal em vários estádios de decomposição. Quando o processo de decomposição atinge o ponto em que a estrutura celular do material não pode ser reconhecida, tem-se o húmus (Broadbent, 1965, citado por MALAVOLTA, 1976). Níveis adequados de matéria orgânica beneficiam o solo em vários modos: 1 - melhores condições físicas; 2 - maior infiltração de água; 3 - melhora solos declivosos; 4 - diminui as perdas por erosão; 5 - supre nutrientes para as plantas. Considerando-se que o húmus tem em média 58% de carbono, costuma-se usar o fator 1,7, fator de van Benmilen que, multiplicado pelo carbono dosado, dá aproximadamente o teor de matéria orgânica (Jorge, citado por MONIZ, 1975). Este fator, entretanto, é variável conforme o tipo de solo. Avaliações mais recentes indicam que o valor de 1,9 seria mais correto para amostras superficiais de solos, e 2,5 para subsolos (Broadbent, 1953, citado por TEDESCO, et alii, 1985). O carbono orgânico do solo é constituído de microorganismos, húmus estabilizado, resíduos vegetais e animais em vários estádios de decomposição e carbono inerte (carvão vegetal e/ ou mineral). O teor de carbono do solo varia de algumas frações de % em areais, até 40-50% em tufeiras. Solos agrícolas contém em geral desde menos que 0,2 a 5,0% de C. A