Espectroscopia Atômica

Na espectroscopia atômica a substância que está sendo analisada é decomposta por meio de uma chama, um forno ou um plasma (uma fase gasosa que está suficientemente quente para que existam íons e elétrons livres. As amostras são vaporizadas na faixa de 2000-8000 K decompondo-se em átomos. As concentrações dos átomos no vapor são obtidas pela medida da absorção ou da emissão da radiação em determinados comprimentos de onda, característicos dos elementos.[1] Esta técnica é uma das ferramentas mais importantes em química analítica em decorrência de sua alta sensibilidade, à capacidade de distinguir um elemento de outro em uma amostra complexa, à possibilidade de se analisarem simultaneamente vários elementos e à facilidade com que várias amostras podem ser analisadas automaticamente.[1] Existem três formas de espectroscopia atômica que se baseiam em fenômenos de absorção, emissão e fluorescência. Na absorção atômica (figura 1) uma amostra líquida é sugada para dentro de uma chama cuja temperatura é de 2000-3000 K. O líquido evapora e o sólido restante é atomizado ( decomposto em átomos) na chama. O caminho óptico da chama é, usualmente, de 10 cm. Nesta técnica é utilizada uma lâmpada de cátodo oco. [1]

Figura 1: Experimento de absorção atômica

Em um atomizador por chama, uma solução da amostra é nebulizada por um fluxo de oxidante gasoso, e levada a chama onde ocorre a atomização. Há um conjunto de processos interrelacionados que ocorrem na chama (figura 2). O primeiro é a dessolvatação, onde o solvente evapora para produzir um aerossol molecular de partículas sólidas finamente divididas. O aerossol é então volatilizado para formar moléculas gasosas. A dissociação da maior parte dessas moléculas produz um gás atômico. Alguns dos átomos desse gás se ionizam e formam cátions e elétrons. Outras moléculas e átomos são produzidos na chama como resultado de interações do combustível com o oxidante e com várias espécies presentes na amostra. [1]

Figura 2: