Espectroscopia de absorção atômica e emissão
Quando uma solução que contém íons de um metal é introduzida em uma chama forma-se um vapor rico em átomos do metal. Alguns dos átomos do metal na fase gasosa podem ser levados a um nível de energia suficientemente alto para permitir a emissão de da radiação característica do metal. Este fenômeno é a base da espectroscopia de emissão de chama, antigamente conhecida como fotometria de chama.
Entretanto, um numero muito maior de átomos do metal na fase gasosa não sofre excitação, ou seja, permanece no estado fundamental. Estes átomos são capazes de absorver energia radiante em um determinado comprimento de onda de ressonância, que é, em geral, o comprimento de onda da radiação que os átomos emitiriam se fossem excitados a partir do estado fundamental. Assim se fizermos uma luz de comprimento de onda de ressonância igual à daqueles átomos passar por uma chama que contém os átomos em questão, parte da luz será absorvida. A quantidade de luz absorvida é proporcional ao numero de átomos que estão no estado fundamental presentes na chama. Este é o principio básico da espectroscopia de absorção atômica.
O processo de produção de átomos de metal na chama pode ser descrito como a seguir. Quando uma solução que contem um composto adequado do metal a ser investigado é introduzida em uma chama, os seguintes fenômenos ocorrem em rápida sucessão:
1. A evaporação do solvente deixa um resíduo solido.
2. A vaporização do solido provoca a dissociação em átomos inicialmente no estado fundamental.
3. A excitação de alguns átomos pela energia térmica da chama ate níveis de energia mais elevados permite a emissão de energia radiante. Os átomos excitados voltam ao estado fundamental.
O espectro de emissao resultante consiste em raias oriundas dos átomos excitados ou de íons.
A quantidade de energia absorvida, ∆E, é determinada pela equação de Bohr:
∆E = E1 – E0 = hv = hc/λ, onde E0 representa o estado fundamental da matéria, no qual os