Espectrometria de absorcao atomica
(adaptada de History of Analytical Chemistry, Ferenc Szabadváry, Pergamon Press, London, 1966)
PRINCÍPIOS
Pode-se dizer que a espectroscopia origina-se com a descoberta de que a luz branca pode ser dispersa em seus componentes, a subseqüente descoberta do espectro e a investigação da dispersão. A maioria deste trabalho é atribuída a Isaac Newton. Em 1666 ele observou que a imagem de uma fenda estreita tornava-se mais larga e colorida se um prisma fosse inserido entre a fenda e a tela onde a imagem era projetada. Newton concluiu que a luz branca era composta de raios de luz com diferentes índices de refração, e que a cada índice estava associada uma cor. Novos experimentos foram feitos, com outros prismas, lentes e larguras de fenda. Finalmente, Newton conseguiu um espectro de 25 cm de comprimento, usando uma fenda de 1 mm. O primeiro químico a fazer uma contribuição a este campo foi Marggraf (1762), que notou na mudança de cor de uma chama por sais de sódio e potássio. A emissão dos metais alcalinos terrosos foi primeiramente observada por Lowitz Em 1800, o famoso astrônomo Herschel mediu a temperatura da radiação em diferentes partes do espectro, e percebeu que a temperatura na extremidade vermelha era a maior. Ele continuou seu exame além do limite visível do vermelho, e observou uma temperatura ainda maior, concluindo pela existência aí de alguma radiação invisível. Um ano após a descoberta da radiação infravermelha, Ritter descobriu a radiação ultravioleta, pelo seu efeito no cloreto de prata. Ele também percebeu que esta radiação tinha um poder redutor bem maior do que o violeta.
No ano seguinte, Wollastone, observou que o espectro do sol não era exatamente contínuo, mas apresentava raias escuras. Sua descrição da descoberta foi de tal forma imprecisa, que só muitos anos depois descobriu-se o que ele tentava descrever. Provavelmente, estas linhas devem já ter sido notadas