especismo

Platão crítica a retórica no diálogo Górgias.
Sócrates e Platão são respectivamente mestre e discípulo e mantendo sempre acordo sobre as problemáticas filosóficas. Sócrates e Platão valorizavam a argumentação, O método que privilegiavam em filosofia, como procura da verdade era o diálogo argumentado por perguntas e respostas, a que chamou dialéctica. Admitiu também os discursos contrários ou antilogias, em que cada um dos intervenientes defende o seu ponto de vista perante terceiros. Mas a sua preferência foi claramente o diálogo, uma vez que a sua obra foi quase inteiramente escrita em diálogo.
O diálogo Górgias é um exemplo da referida preferência de Platão.
Neste diálogo, Sócrates é personagem principal, o filósofo defensor da dialéctica como via para a procura da verdade.
O seu interlocutor é Górgias um sofista cético defensor da retórica.
1ª Parte do excerto Górgias ao ser inquirido por Sócrates sobre a diferença entre a persuasão que origina a ciência, conhecimento seguro, dos especialistas e a persuasão que faz nascer a crença saber inseguro, utilizado nas disputas em tribunal e nas assembleias, concorda que estes são dois tipos de persuasão radicalmente diferentes. A persuasão retórica gera a crença e a dialéctica gera o saber seguro, mesmo sobre o justo e o injusto.

2ª parte do excerto Górgias entra em desacordo com Sócrates e esclarece o que entende por retórica.
Para Górgias a retórica possui todos os poderes, pois pode até ser mais persuasiva do que a arte dos especialistas, no exemplo do texto dos médicos. No entanto a retórica sendo uma arte da competição deve ser usada com justiça e não para praticar o mal.

3ª parte do excerto Sócrates apresenta a crítica platónica da retórica.
A partir do exemplo do médico possuidor de conhecimento seguro e especializado que não consegue persuadir as assembleias e do retórico que facilmente convence persuade e manipula as assembleias de ignorantes, desde que seja eloquente e persuasivo, Sócrates