Direitos dos animais

Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira
Filosofia – 10ºAno – Ano Lectivo 2009/2010 Os Animais Têm Direitos?

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Introdução
Este trabalho irá tratar um tema cada vez mais discutido na nossa sociedade e entre filósofos de todo o mundo: os direitos animais. O especismo e as perspectivas tradicional, utilitarista e dos direitos serão alvo de reflexão.

Os animais são usados por nós para variadíssimas coisas na nossa vida: alimentação, vestuário, produção de cosméticos, para experiências científicas, ou até para simples diversão... Mas, serão estes actos correctos da nossa parte? Teremos nós direito de sujeitar os animais à dor e na maior parte das vezes à morte? Se nos questionarmos se os animais possuem direitos, podemos tomar duas posições: dizer que não e defender a perspectiva tradicional ou, dizer que sim e optar por defender uma das duas teorias: a utilitarista ou a dos direitos. A perspectiva tradicional diz-nos que podemos sujeitar um animal ao sofrimento e/ou morte se esta for em prol do conhecimento. Por exemplo, um animal pode ser morto desde que este seja usado para fins científicos visto que este é um fim louvável e que nos beneficia. Mas, se ao invés disso for morto apenas por diversão a acção é totalmente condenada. Ou seja, podemos dizer que os animais não humanos não têm estatuto moral e existem ou foram criados apenas para nos beneficiar. Kant - um dos principais defensores desta teoria -, defende ainda que nós, seres humanos, não temos qualquer dever directo para com os animais, temos sim deveres indirectos o que significa que apesar de não existirem deveres propriamente ditos é ainda assim errado tratar os animais de certas maneiras. Assim sendo, quando por exemplo um cão serve lealmente o seu dono durante muito tempo o dever (indirecto) do seu dono é tratar dele até morrer. Kant afirma também que se o dono abater o seu cão apenas por este já não ser “prestável” o seu acto é desumano e