Contra Pesquisa com Animais
Trabalho apresentado junto ao Curso de Filosofia da FDSBC, na área de bioética focado em pesquisas com animais, como requisito parcial à conclusão da matéria.
São Bernardo do Campo – SP
2014
RESUMO:
A pesquisa com animais é assunto de discussão durante toda nossa história. Grandes filósofos do passado entraram nessa disputa por opinião, afirmando que os animais não merecem nossa preocupação, enquanto os filósofos mais recentes perceberam que esse pensamento de superioridade que uma espécie tem em relação à outra traz um grande impacto em nossa sociedade e na natureza.
Peter Singer, famoso filósofo, especialista em bioética, traz à tona nossa história nazista e escravocrata como exemplos dessa difusão do pensamento especista, no qual se baseia a ideia de pesquisa em animais.
Os direitos humanos, que se baseiam claramente no pensamento kantiano (universalista e ignorando fatores externos), trazem consigo grandes contradições ao preservar apenas os homens e deixando de lado os direitos dos animais. Qual seria a explicação dessa restrição? Racionalidade? Um bebê traz consigo menos raciocínio que um cachorro. Capacidade Cerebral? Um golfinho usa mais parte do seu cérebro que qualquer humano. Capacidade evolutiva de raciocínio? Uma criança com paralisia cerebral nunca será objeto de pesquisa. Genética? Macaco bonobo possui 98,7% do nosso mapa genético. Essas perguntas poderiam delongar por diversas páginas e nenhuma resposta seria encontrada
Percebe-se que a ideologia que abrange as pesquisas com animais nada mais é do que um pensamento dogmático que refutamos em discordar por sermos parte da cadeia superior favorecida. Assim como discordamos da meritocracia aristotélica escravocrata, dando a Aristóteles a desculpa que esse tipo de pensamento foi influenciado pela época em que vivia, temos de perceber que a falta de dignidade dada aos animais nada mais é do que um pensamento passado que hoje não faz mais sentido.