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O TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO NA INFÂNCIA E NA
ADOLESCÊNCIA

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é muito comum na infância e, sobretudo na adolescência, pois na maioria das vezes inicia- se nessas faixas etárias, eventualmente muito cedo, antes mesmo dos dois anos de idade. As rotinas diárias como lazer social; atividades escolares entre outras, podem ser alteradas pela doença.
As crianças com TOC percebem seu comportamento diferente dos demais e sentem vergonha, muitas vezes precisam disfarçar ou esconder-se para executar seus rituais compulsivos. Eventualmente não conseguem realizar atividades simples como usar o banheiro da escola, se aproximar dos colegas, desta forma evitam qualquer possibilidade de contato físico devido acreditar que não se enquadram aos padrões de normalidade estipulado pela sociedade.
O TOC nessas fases da vida acarreta sofrimento significativo, interfere no rendimento escolar, nas relações sociais e, sobretudo, no funcionamento familiar. Não raro os sintomas são muito graves e incapacitantes e vêm acompanhados de medos acentuados que podem chegar a ataques de pânico, impedindo, por exemplo, a criança ou o adolescente de frequentar a escola ou de conviver com os colegas.
Mesmo sendo altamente prevalente em crianças e adolescentes, o TOC muitas vezes não é percebido pela família, o que acaba acarretando em um longo período entre o início dos sintomas e a procura do tratamento. Uma das dificuldades para a identificação precoce reside no fato de o início do TOC geralmente ser insidioso o que faz com que muitas vezes, seja percebido apenas quando já está interferindo gravemente nas rotinas da criança. Em razão disso, poucos familiares são capazes de apontar o exato momento em que a criança apresentou os primeiros sintomas (Stengler-Wenzke et. al., 2004). Para os pais é difícil separar o que é um comportamento normal do que é claramente excessivo. Em muitas crianças e adolescentes, o primeiro sinal ocorre na escola quando os pais