Especialista
ANÁLISE DO CLÁSSICO PORTUGUÊS DE CAMÕES
Jonadacy Vieira da Silva1
Monaliza Rafaelle Queiroz da Silva
Os Lusíadas é considerado um dos grandes clássicos da literatura Portuguesa, tendo sido escrito por Luís de Camões – existem diversas traduções da obra, tanto em prosa quanto em poesia. Uma epopéia, visto que narra a viagem de Vasco da Gama às Índias com todas as suas dificuldades e aventuras (estabelecendo uma forte intertextualidade com Homero, e suas Ilíada e Odisséia, e Virgílio, e sua Eneida), dividida em dez cantos e mil cento e duas estrofes, com versos decassílabos que seguem o modelo clássico greco-romano (sendo perceptível as características da corrente literária em que foi escrito, o Classicismo, sem que fuja do contexto do século XVI), e publicada em 1572.
A temática básica do poema, como já foi brevemente expressa anteriormente, é a louvação das glórias portuguesas durante as conquistas e os desbravamentos dos mares na busca por novas terras (a linguagem utilizada em sua configuração mostra bem essa exaltação, pois se faz uso de Alegorias e inúmeras outras figuras de linguagem); a exemplo dos seguintes excertos do primeiro canto: “As armas e barões assinalados que, da Ocidental praia Lusitana, por mares nunca dantes navegados, passaram ainda além da Taprobana, em perigos e guerras esforçados mais do que prometia a força humana, e entre gente remota edificaram novo Reino, que tanto sublimaram (...)” (CAMÕES, Canto I, estrofe 1) e “Cessem do sábio grego e do Troiano as navegações grandes que fizeram; cale-se de Alexandro e de Trajano a fama das vitórias que tiveram; que eu canto o peito ilustre Lusitano, a quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta” (CAMÕES, Canto I, estrofe 3).
Encontra-se fortemente presente na obra camoniana a Mitologia, como uma evocação aos deuses e a personificação de seres inanimados (a exemplo do Gigante Adamastor, ou seja, o Cabo das