Escravidão
A partir do tráfico negreiro, chegou ao Brasil, mais de quatro milhões de negros africanos, o que resultou em mais de três séculos de escravidão. O Brasil hoje tem uma das maiores populações de afro-descendentes do mundo. E ainda assim, no dito estado moderno, há trabalho análogo ao de escravo, já que a escravidão foi abolida em 1888 (PRIORE; VENÂNCIO, 2001, p. 182).
Com o grande aumento dos movimentos abolicionistas no país, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que extinguia por fim a era do trabalho escravo no Brasil, pelo menos foi o que a Lei declarava (OFM, 2003, p. 2).
Percebe-se que até hoje existe o trabalho escravo – hoje não mais chamado assim, já que há uma lei que diz que a sua prática é extinta e que não ocorre mais –, porém, é chamando de trabalho análogo ao de escravo, por ter quase todas as suas características e por ser comparado a antiga forma de escravidão; e também porque supõe-se que a escravidão não exista mais desde a assinatura da Lei Áurea.
1 ESCRAVIDÃO AFRICANA
Portugal foi um dos pioneiros também no que diz respeito ao tráfico negreiro. Isso se deu porque Portugal já tinha conquistado quase todo o litoral africano. O tráfico se dava pelo Atlântico e, logo após Portugal dar início, foi seguido pelos holandeses, ingleses e franceses. O mercado de negros trazia muitos lucros para os colonos e unia interesses na África, Europa e América. Os navios europeus levavam mercadorias para a costa africana e lá trocavam pelos negros, que eram vendidos mais depois para colonos americanos. Devido a essa prática tão brutal, milhões de africanos foram tirados do seu país de origem para serem escravizados. A