Escravidão
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar, e eram vendidos como mercadorias pelos comerciantes de escravos. Quando chegavam aqui, eram exibidos para que os compradores pudessem analisá-los. Evitavam comprar escravos da mesma família ou da mesma tribo (pois não queriam rebeliões). Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
Foram os escravos que produziram todas ou quase todas as riquezas da América.
Senzalas
As senzalas eram alojamentos utilizados por senhores de engenho como abrigo para seus escravos. Construídas com barro, madeira, telha ou palha, e foram nomeadas como “O grande pombal negro”.
Além de abafadas (por possuírem poucas janelas cercadas com grades) também eram desconfortáveis pela grande quantidade de pessoas alojadas ali. No mais, não possuíam divisórias e os seus “habitantes” se viam obrigados a dormir no chão – quase sempre de terra batida, em alguns locais, com palha. Há registros de senzalas que possuíam tarimbas: tábuas de madeira posicionadas a mais ou menos três pés de distância do chão. Apesar da precariedade, os homens dormiam separados das mulheres e das crianças. Os escravos também ficavam acorrentados dentro das senzalas, para evitar fugas.
Ainda há senzalas localizadas no Vale do Paraíba e nas cidades de Vassouras, Valença e Cantalago, e sua visitação é permitida, usadas agora como pontos turísticos.
O trafico negreiro
Na Colônia, ainda no século XVI, os portugueses já haviam dado início ao tráfico negreiro, atividade comercial bastante lucrativa. Os traficantes de escravos negros, interessados em ampliar esse rendoso negócio, firmaram alianças com os chefes tribais africanos. Estabeleceram com eles um comércio baseado no escambo, onde trocavam tecidos de seda, jóias, metais