Escravidão: alguns aspectos sociais
ESCRAVIDÃO: ALGUNS ASPECTOS SOCIAIS
As relações sociais estabelecidas entre senhores e escravos durante o período colonial e imperial no Brasil apresentam algumas particularidades que também são apresentadas a nós por meio de documentos iconográficos como em fotografias, gravuras, pinturas que ajudam a contar nossa história. Após desembarcarem no Brasil, os escravos eram levados para mercados onde eram vendidos como mercadorias. Nesses mercados eram apresentados aos seus futuros donos, os senhores que geralmente eram grandes proprietários de terras. Após serem negociados, os africanos partiam para onde os seus donos ou comerciantes lhes levassem. Podiam trabalhar nos canaviais, engenhos, casas-grandes, minas. Também havia a possibilidade de ficarem nas cidades para trabalhar como carregadores, fazer tarefas domésticas, ou podiam aprender uma profissão e se tornar carpinteiros, barbeiros, vendedores ambulantes, sapateiros.
O escravo era obrigado a aprender o português, pois isso seria um dos passos para garantir que este obedecesse às ordens do seu dono, além de possibilitar ao negro uma melhor sobrevivência. Entre as primeiras relações fixadas pelos recém-escravizados estavam aquelas “... com seus companheiros de sofrimento, nas caravanas, nos barracões, nos porões dos navios e depois nos lugares onde seria posto para trabalhar...” (SOUZA, 2008, p.92).
Ao chegar no seu local de trabalho o escravo deveria constituir uma relação com o seu dono, considerando que este último possuía uma cultura muito diferente da sua e tinha poderes de decidir pela vida, morte, castigo sobre o mais recente trabalhador da sua propriedade.
Os escravos que trabalhavam na zona rural não viam ou pouco viam os seus senhores que eram representados pelos feitores, que lhes passavam as ordens, supervisionavam seu trabalho e até lhes aplicavam castigos físicos. Estes escravos habitavam as senzalas, que eram “... quartos sem janelas em construções coletivas, ou cabanas