escola e representações sociais
O objetivo deste trabalho é apresentar as Representações Sociais que professores e alunos fazem da escola e do ensino público. A intenção da pesquisa não foi apenas conhecer as Representações Sociais, mas como estas se constróem por aqueles que habitam o cotidiano da escola. Na realidade as Representações Sociais não nascem num vazio, mas se originam daquele burburinho, daquele ruído que os grupos estão sempre emitindo. Durkheim, o sociólogo francês fala em Representações coletivas, nesse conhecimento que circula no interior dos grupos humanos, enquanto que Serge Moscovici e seguidores referem-se as representações, muito mais dinâmicas, pois situadas na intersecção do indivíduo na sua relação com o grupo a que pertence. Nesse aspecto, as Representações Sociais são instrumentos de análise de uma vida moderna, enquanto que as Representações coletivas são visões que decorrem de uma sociedade mais agrária, e por isto mesmo mais rígida, mais estática, menos dinâmica. As Representações Sociais, sistematizada por Moscovici e colaboradores são estados interiores, percepções, situações subjetivas. O indivíduo das representações Sociais não podem ser compreendidos fora desta “verdade” que circula no interior do grupo, verdade que é ao mesmo tempo do coletivo e do sujeito. Por esta razão, as Representações Sociais são sempre representações de algo, de alguma coisa, objetivadas, concretas. Neste aspecto, as RS se traduzem pelo conhecimento comum, compartilhado e alimentado pelo cotidiano, não existe representação que possa ser compreendida fora da vivência do indivíduo na sociedade. Por esta razão, as RS estão presentes em nossa vida diária, seja nos temas sérios como a morte, a vida, a doença, o amor, a relação entre os gêneros, a educação, a escola, o estudo, entre outros. Elas servem para que nos comuniquemos com os outros, para que nossas conversas tenham sentido, para que possamos suportar a dureza da existência. Como dissemos acima, nosso