As representações sociais da escola na visão do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto

988 palavras 4 páginas
INTRODUÇÃO

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a escola pública, gratuita e de qualidade como uma garantia de direito da criança e do adolescente. Essa por sua vez , além da função de transmitir conhecimento concomitante com a cultura, tem como objetivo desenvolver sujeitos críticos e autônomos. É um espaço de aprendizagem e sociabilidade, ou seja, de inserção social por proporcionar um encontro com uma variedade de repertórios de ações, valores, formas de ser/ existir.
A partir de um trabalho desenvolvido em um Serviço de Medida Socioeducativa em meio aberto (MSE/MA), podemos perceber que os adolescentes autores de atos infracionais que cumprem medida socioeducativa em meio aberto, encontram certa dificuldade, caso estejam fora da rede pública de ensino, de se inserir na mesma, bem como encontram algumas barreiras ao retornar, como por exemplo, o preconceito por parte da equipe que ali trabalha (Diretor Escolar, professores, etc.) e dos alunos, principalmente se a escola está localizada no bairro em que residem, onde muitos os conhecem. O adolescente não é acolhido pela escola e por muitas vezes é tratado com indiferença, ocasionando a evasão, com a justificativa de que esses são desinteressados, causam desordem e não se esforçam para “melhorarem de vida”. (sic)
Diante dessas posições surgiram alguns questionamentos: qual a função da escola segundo os adolescentes em medida socioeducativa na atualidade? Quais as representações sociais que eles fazem da escola e dos professores? Qual o sentido da escola para o adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto que são obrigados a frequentá-la? E para os que não são?
A equipe técnica do Serviço de Medida Socioeducativa em meio Aberto que atende a região de Pirituba vem desenvolvendo um projeto cujo objetivo é apresentar o serviço à escola pública estadual e municipal, estreitar laços para promover a intersetorialidade entre das políticas sociais, bem como tentar quebrar

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