Titulo
Ao assistir esse documentário, tão forte e verdadeiro, tenho a certeza que, ninguém sai de lá da mesma forma que entrou. Essa mulher, Jane Elliot, de grande coragem e determinação, nos mostra, com realidade e dinamismo, como o preconceito ainda é forte e massacrante e muito presente em nossas vidas. Ela nos mostra vários exemplos de perseguição e formas de rebaixamento moral que as minorias sofrem, e nós, ao fingirmos que não vemos, nos calamos e consentimos. A ideia central da dinâmica que ela propõe é fazer com que os brancos, de olhos azuis, sintam na pele, mesmo que somente por um dia, algumas horas, oque os negros vem sentindo durante muitos séculos, e séculos de preconceito racial. As pessoas são divididas em grupos, rotulados pela cor de seus olhos, fazendo com que todos que tenham “olhos azuis”, representando a maioria opressora da sociedade, fiquem em uma sala pequena e apertada, enquanto os outros, negros e pessoas de “olhos castanhos”, são orientados por essa mulher brilhante e astuta, de como devem se comportar. Eles devem ser hostis, devem fazer com que essas pessoas se sintam mal, se sintam negligenciadas, se sintam ameaçadas, oprimidas, somente fazendo uma alusão do que realmente acontece no dia a dia dos negros, deficientes, crianças com dislexia. E é realmente massacrante ver como ela coloca essas instruções em prática. Somente o modo como ela os olha, as pessoas de “olhos azuis”, que nesse momento estão agrupadas no centro de uma outra sala, com os outros ao seu redor, ela consegue entrar e massacrar o psicológico das pessoas de uma tão magistral que ninguém consegue saber ao certo se ela realmente está encenando ou se ela realmente pensa daquela maneira. É realmente muito precioso a mensagem que essa mulher nos passa nesse vídeo, o modo como ela nos faz entender como parecemos vendados em relação a esse problema tão grande e tão presente em nosso dia a dia. Ela nos faz perceber que fechar os olhos