ESCOLA, SOCIEDADE E PSICOLOGIA ESCOLAR NO BRASIL
Autora: Maria Helena Souza Patto
É na década de 70, embora a psicologia já estivesse presente junto á rede oficial de ensino em algumas regiões do país, que as autoridades educacionais passam a solicitar uma participação mais efetiva dessa área no processo de educação escolar. O período de 30 é tido como o inicio da elaboração histórica da ideologia nacional-desenvolvimentista. Com ênfase na industrialização esta ideologia encontra terreno fértil dutante a crise econômica. Nesse contexto criam-se condições para efetivação de um programa de ampliação e enriquecimento de direitos sociais e cidadania, centralizado pelo governo federal. Nasce então, os movimentos nacionais de educação popular, pois nesse momento a educação para todos os brasileiros apresenta-se como requisito do desenvolvimento nacional. Contudo, o êxodo das populações rurais para as cidades cria uma massa popular à procura de escolarização, mas a oferta de vagas é muito inferior à procura. Com isso há a necessidade de medidas de emergência e de luta contra o analfabetismo. A revolução de 30 embora tente absorver outras tendências acaba sucumbindo para tendência simplificadora diante das pressões urbanas e das necessidades geradas pelas indústrias por mais educação. Esta tendência diminui o numero de horas-aulas diárias, restringe os objetivos da escola primária e ensina a ler, escrever e contar e intensifica o ensino rural através das escolas isoladas, o que acaba prevalecendo e orientando as reformas educacionais seguintes. Entre as décadas de 30 e 45 apesar das tentativas democratizantes do sistema educacional estão longe de atingir seus ideais. Neste período a politica educacional deixa a impressão que se processa uma abertura total do sistema educacional às classes subalternas que até então, estavam praticamente dele excluídas. Nesta conjuntura o ensino oficial é substituído pelo pago e consolida-se o ensino primário enquanto aparelho