Escola publica para negros

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Escola pública para os negros e os pobres no Brasil: uma invenção imperial
A
escola pública nos primeiros 60 anos do século XX, era tida em alta conta pela sociedade. Em geral, os grupos escolares, eram considerados de excelência, cujas vagas eram disputadas por exames de seleção, e frequentados por pessoas oriundas das classes média e alta. Era restrito o número de pessoas pobres que tinham acesso ou permaneciam nas escolas pela sua inserção precoce no mercado de trabalho. A presença de negros na escola também era limitada, por pertencerem à camada inferior e em virtude da questão das diferenças.
Na origem da implementação da escola pública a partir da Constituição de 1824, pela necessidade de instruir e civilizar o povo. Mas ressalte-se o impedimento legal de frequência dos escravos às aulas públicas em várias províncias do Império.
Quanto ao acesso dos escravos à aprendizagem da leitura e da escrita, importantes pesquisas foram realizadas indicando tal prática desde o século XVIII, ainda que não necessariamente realizada numa escola.
Sobre a escolarização de negros e mestiços ao longo do século XIX, poucos estudos foram realizados. De acordo com Lilia Schwarcz (1998), o recenseamento de 1872 indicou que 84% da população brasileira era de analfabetos; portanto, é possível especular que também muitos brancos, inclusive abastados, não sabiam ler.
Mary del Priore afirma: "No século XIX, a alternativa para os filhos dos pobres não seria a educação, mas a sua transformação em cidadãos úteis e produtivos na lavoura, enquanto os filhos de uma pequena elite eram ensinados por professores particulares".

A escola pública como vetor de civilização
A Constituição Imperial (de 25 de março de 1824), entre outros dispositivos, a garantia da instrução primária gratuita a todos os cidadãos.
Pelo ato adicional de 12 de agosto de 1834, a legislação da instrução elementar passou a ser de competência das Assembleias Provinciais. Minas Gerais, foi por meio da lei n.

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