Escola Nova
A Escola Nova foi um movimento que defendia a educação ativista ou educação progressiva, a partir da renovação da pesquisa pedagógica, na busca teórica dos fundamentos filosóficos e científicos de uma prática educativa mais eficaz. Ao lado de uma atenção especial na formação do cidadão em uma sociedade democrática e plural que estimulava o processo de socialização da criança, havia o empenho em desenvolver a individualidade, a autonomia, o que só seria possível em uma escola não autoritária que permitisse ao educando aprender por si mesmo, e aprender fazendo. Foi especialmente forte na Europa, na América e no Brasil na primeira metade do século XX.
Muitas críticas foram feitas à Escola Nova: se a escola tradicional era magistrocêntrica, por valorizar demais o papel do professor, o escolanovismo minimizava esse papel quase nulo nas formas mais radicais do não diretivismo, para tender ao puerilismo (ou pedocentrismo), que supervalorizava a criança; a preocupação excessiva com o psicológico intensificava o individualismo; a oposição ao autoritarismo da escola tradicional resultava em ausência de disciplina; a ênfase no processo descuidava da transmissão do conteúdo.
Desde a Revolução Industrial a burguesia precisava de uma escola mais realista, que se adequasse ao mundo em constante transformação.
A escola pioneira, a de Abbotsholme, surgiu na Inglaterra em 1889, seguida de outras espalhadas pela França, Alemanha, Bélgica, Itália e Estados Unidos. Em alguns países, os novos métodos foram adotados nas escolas públicas, como os de Cousinet e Freinet na França e o de Kerschensteiner na Alemanha. Várias cidades norte americanas também realizaram experiências importantes nesse sentido.
Em 1899, por iniciativa de Adolphe Ferière (1879-1961), foi fundado o Bureau Internacional das Escolas Novas, sediado em Genebra. Devido à criação de inúmeras escolas novas com tendências diferentes, em 1919 o Bureau aprovou trinta itens básicos da nova pedagogia, de modo