Escola nova
Da afirmação de uma necessidade aos equívocos de um desejo
Trindade, Rui (2012). O movimento da educação nova e a reinvenção da escola: Da afirmação de uma necessidade aos equívocos de um desejo. Porto: U.Porto Editorial.
de luz e de sombra dos discursos (…) das pedagogias da aprendizagem» (p. 11). De facto, a leitura desta obra permite-nos compreender a importância de processos de mediação pedagógica que, na educação escolar, possam dar centralidade à ação dos alunos como estudantes e aprendizes no exercício de uma vida positivamente vivida em cidadania.
Convocando ideias de autores que marcaram o
«Movimento da Escola Nova» em Portugal, Rui
Trindade constrói um discurso pedagógico que dá sentido a uma escola e a uma ação educativa capazes de promover ambientes mais humanos e geradores de melhores aprendizagens. Neste sentido, a obra permite-nos, por um lado, aceder às ideias pedagógico-didáticas de autores que tiveram impacto no modo de se pensar a educação escolar e a ação dos professores e de alunos no ato de ensino-aprendizagem e de formação pessoal e social. Por outro lado, a leitura do texto suscita-nos reflexões capazes de gerarem intervenções profissionais mais educacionais. O primeiro capítulo deste livro, focado na
«recusa do paradigma do instruir» para dar lugar «à afirmação do paradigma do aprender», convoca autores como Férrière (1934), redator da carta de princípios da Ligue Internationale pour l’Éducation
Nouvelle, e introduz-nos num conjunto de ideias capazes de transformar a escola de orientação tradicional. Alguns dos exemplos que o autor apresenta alertam-nos para os efeitos e a inadequação das práticas escolares baseadas na humilhação e no castigo. Nesta oposição a práticas rotuladas como tradicionais, e que tinham como objetivo único apenas instruir, temos ainda oportunidade de aceder a ideias
A obra de Rui Trindade, no seu título, indicia claramente o