Escola Funcionalista
1. Introdução
A Escola Antropológica Funcionalista surgiu no início do século XX, com o escopo de refutar as idéias supranacionalistas eurocêntricas e etnocêntricas, sucedendo ao Evolucionismo.
O Funcionalismo fundamenta-se na possibilidade de estabelecer uma relação da análise social ao funcionamento dos sistemas biológicos, uma vez que cada sociedade organiza uma totalidade integrada e composta de partes interdependentes e complementares cuja função é satisfazer as necessidades dos seus componentes. Ou seja, o Antropólogo Funcionalista tem por objeto de estudo as Instituições e as funções que estas exercem para a manutenção do quadro social.
Assim, para a Escola Funcionalista, um traço cultural só poderá ser entendido no contexto da cultura ao qual pertence e não em comparação a outra qualquer. Sendo certo, que tal particularidade cultural desempenha uma função que justifica sua existência e permanência no âmbito social.
Foi devido a este método que as sociedades não europeias adquiriram uma especificidade, visto que passou a ser compreendida naquilo que lhe é intrínseco, sem comparação com qualquer outra forma de organização social.
2. Bronislaw Malinowski
Um dos proeminentes antropólogos dessa Escola que merece destaque é o polonês Bronislaw Malinowski.
Malinowski definiu o conceito de função como sendo a resposta de uma cultura a necessidades básicas do homem, como alimentação, defesa e habitação. Ou seja, a cultura é concebida em relação ao conceito de função, já que esta se apresenta como um aparato instrumental na qual gera a possibilidade para o homem de lidar com a hostilidade do ambiente natural e a viver num ambiente melhor através da criação de meios que propiciem o desenvolvimento social.
Desta maneira, o autor sustenta que o conceito funcional produz análises específicas das culturas, fornecendo ao antropólogo instruções precisas quanto ao que deve ser analisado e como deve ser registrado.
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