ESCOLA DOS ANNALES – 2ª GERAÇÃO (FERNAND BRAUDEL) escrito em terça 15 setembro 2009 13:55 Quando a Escola dos Annales foi criada em 1929, Fernand Braudel tinha apenas 27 anos. Estudara História na Sorbone, lecionava História numa Escola da Argélia e trabalhava em sua tese. Tese que se iniciara como um ensaio de História Diplomática, de caráter bastante convencional, embora ambiciosa. Foi projetado originalmente como um estudo sobre Felipe II e o Mediterrâneo, em outras palavras, uma análise da política externa do soberano. Era normal para Historiadores Franceses lecionarem em Escolas enquanto escrevem suas teses, Lucien Febvre, por exemplo, ensinou em Besançon; Braudel, durante 10 anos, ensinou na Argélia, experiência que lhe permitiu ampliar seus horizontes. Seu primeiro artigo importante publicado nesse período, tinha por tema a presença dos espanhóis no norte da África. Era ao mesmo tempo, uma crítica a seus predecessores no tema pela ênfase que havia atribuído aos grandes homens e às batalhas; uma discussão sobre a "vida diária das guarnições espanhola, e também uma demonstração da estreita relação, embora invertida, entre a História africana e européia, isto é, quando estourava a Guerra na Europa às campanhas africanas eram suspensas”. A pesquisa foi interrompida quando Braudel foi contratado para lecionar na Universidade de São Paulo, 1935-1937, período definido por ele, mais tarde, como o mais feliz de sua vida. Foi no retorno de sua viagem ao Brasil que Braudel conheceu Lucien Febvre, que o adotou como filho intelectual e o persuadiu, de que o título da tese deveria ser realmente "O Mediterrâneo e Felipe II" e não ao contrário. Com o começo da 2ª Guerra Mundial, Braudel teve, por mais irônico que possa parecer, a oportunidade de escrever sua tese. Permaneceu quase todos os anos da Guerra como prisioneiro num campo perto de Lubeck. Sua excelente memória compensou em parte a impossibilidade de recorrer às bibliotecas, tendo