A função do Intérprete na escolarização do Surdo
A função do Intérprete na escolarização do Surdo
Artigo publicado nos Anais do Congresso Surdez e Escolaridade: Desafios e Reflexões –
Congresso Internacional do INES, Rio de Janeiro, 17-19 de setembro de 2003: 87-98 tanyafelipe@librasemcontexto.org A função do Intérprete na escolarização do Surdo1
Tanya A. Felipe2
Apresentação
É com grande prazer que, mais uma vez, estou participando de eventos promovidos pelo INES e, por isso, já me sinto também responsável e muito “em casa”. Vejo rostos de vários estados do Brasil que já me são tão familiares. Leio a programação e já sei que, pela diversidade de temas que emanam pressupostos teóricos diferenciados, haverá embates e debates. É justamente isso que me faz voltar sempre: poder refletir, em conjunto, as contradições do nosso ser-fazer e vislumbrar novos caminhos, mas isso também me faz voltar no tempo para rever os acertos e desacertos.
Uma breve retrospectiva
O INES realmente é um Centro de Referência, não apenas por ser centenário e em suas paredes ecoarem as vozes do silêncio3, mas por ter em seu acervo e publicações as marcar das trajetórias de gerações que têm buscado esse locus vivendi da cultura surda brasileira que vem
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MESA REDONDA: A função do Intérprete na escolarização do Surdo falante de
LIBRAS. Palestra: A função do intérprete na escolarização do Surdo. Anais do
Congresso Surdez e Escolaridade: Desafios e Reflexões - Congresso
Internacional do INES, 17-19 de setembro de 2003: 87-98
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Professor Titular da UPE, Coordenadora da Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos – FENEIS, Coordenadora do GPLIBRAS – Feneis.
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Durante a pesquisa do Dicionário Digital, quando precisamos ficar até de madrugada na sala de pesquisa – que tinha uma janela belíssima que nos abria para a mata das Laranjeiras, ouvíamos o estalar das madeiras do assoalho, os ventos que pareciam gritos e sussurros e, então, nesse clima de devaneio, dizíamos: eles chegaram para