Escola De Corpos Anais 1
Katia de Souza e Almeida Bizzo Schaefer - UERJ katia.bizzo@ig.com.br Resumo
O trabalho em questão é um convite à reflexão sobre um novo olhar para a escola contemporânea, fazendo uma passagem pela ideia de skholé, da antiga Grécia, resgatada nos escritos de Rancière e acrescentada nas reflexões de tempo livre de Simons e
Masschelein. Nessa dialógica, trago as contribuições de Spinoza, Larrosa, Benjamin,
Foucaut, Deleuze e Nietzsche como base para discussão e reflexão para pensar em uma escola de corpos. Corpos vivos, potentes, ávidos por conhecimento, por afetos, por experiência. Corpos que constituem uma escola sem instituição e sem concretos dentro dos muros escolares. Escola de vidro, de lama, de experiência, de afecções e acontecimentos onde muitas vezes consideramos que nada acontece. Ao mesmo tempo, escola de corpos dóceis, disciplinados, utilitários, porém potentes e em busca de transformação. No lugar de professora e pesquisadora convido o leitor a essa reflexão, à suspensão de um tempo e de um espaço para se atentar a outra temporalidade e espacialidade dentro da escola já existente. Um convite ao retorno, à origem, à busca da criança que existe em cada um de nós, às memórias e à, como escreveu Benjamin, escovar a história a contrapelo, percebendo desvios e nós como possibilidades de transformação de valores e de práticas. É um texto que busca o olhar para o valor da inutilidade como caminho para a educação escolar, assim como a valorização do riso e do profano no contexto educacional como o caminho para o aprender, entendendo que essas reflexões não são utópicas, pois essa escola é viva e presente, quando desviamos nosso olhar para percebê-la, quando nos calamos para perceber a movimentação dos corpos que a constitui.
Palavras-chave: escola; experiência; corpo.
Resumen
Este trabajo es una invitación a la reflexión sobre un nuevo mirar para una escuela contemporánea, pasando por la idea de skholé, de la antigua