BoletimEF
A POSTURA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA FRENTE A ESPORTIVIZAÇÃO
ESCOLAR: PERCEBENDO-SE PROFESSOR NAS ESCOLAS DE ALAGOINHAS-BAHIA
Aurelice da Silva Marques
Nívea de Santana Cerqueira
Discentes do Curso de Licenciatura em Educação Física
Departamento de Educação/UNEB-Campus II, Alagoinhas.
RESUMO
Trata-se de um estudo sobre Educação Física escolar, e mais especificamente sobre a esportivização nas escolas públicas e privadas de Alagoinhas. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, para tanto utilizaremos os procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico e entrevista a professores do ensino fundamental e médio de instituições de ensino de Alagoinhas a fim de investigar as percepções a respeito da sua condição docente propondo uma reflexão a respeito da postura do profissional de Educação Física frente a esportivização escolar.
INTRODUÇÃO
A Educação Física, no âmbito escolar, é um componente que ainda distancia-se de uma postura crítica.
A escola pautada no sistema dominante constrói a corporeidade do individuo baseando-se na estrutura sócio-econômica castradora e moldada - dentre outras modalidades - através das aulas práticas de
Educação Física quando esta visa apenas a esportivização. Como então, a prática da Educação Física ainda sustenta uma postura, de certa forma, já superada pela didática escolar, trazendo a castração dos corpos das filas, das salas para as quadras das escolas? Segundo Arroyo (2004, p 122), “As escolas não incluíam em seus projetos pedagógicos a educação dos corpos. As equipes docentes dificilmente se colocavam em seu horizonte profissional essa dimensão humana corpórea dos alunos(as). Essa dimensão fica por conta da equipe de educação física...” Enquanto a pedagogia e o magistério repensam suas atitudes em relação aos corpos dos alunos em sala de aula, historicamente a Educação
Física adota o adestramento do corpo que castra todas as suas potencialidades visando adequação ao sistema economicamente