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CONDUTAS PEDAGÓGICAS SOBRE AS QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA Elizabeth Vieira dos Santos Esplendor1 Eliane Rose Maio Braga2
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Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Superintendência da Educação, Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, Universidade Estadual de Maringá. 2 Universidade Estadual de Maringá.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa a uma investigação sobre a construção social dos papéis masculinos e femininos na sociedade e a uma crítica às relações de poder que se estabelecem entre homens e mulheres, pois percebemos que tal diferença tem privilegiado os homens, na medida em que a sociedade ainda não tem oferecido as mesmas oportunidades de inserção social e exercício de cidadania a todos/as (PEREIRA, 2007). As instituições escolares fabricam os sujeitos que a freqüentam, ou seja, elas são produzidas por eles e pelas representações de gênero que nelas circulam. Assim,
nessas instituições pode haver a produção de diferenças e desigualdades desses indivíduos, e também a informação do que cada um pode ou não fazer e do lugar que meninos e meninas devam ocupar (LOURO, 1997). Sendo assim a escola, juntamente com os seus/suas educadores/as, tem um grande papel na não-perpetuação da hierarquia de gênero. Poderá sondar, no trabalho que realiza com os/as educandos/as, que tipos de texto didático e de literatura estão sendo utilizados, que tipo de linguagem e imagens, que tipo de música, etc. Isso tudo deve ser verificado pelos/as educadores/as, pois, assim estarão percebendo como a escola é perpassada pelos papéis de gênero, ou seja, pelas construções sociais e culturais de “masculino e feminino”. Ou, melhor dizendo, esse/a profissional deve identificar e analisar situações do cotidiano escolar sob perspectiva dessas diferenças de gênero, como: as brincadeiras na educação infantil; os jogos na aula de educação física; a formação de filas; a escolha dos livros