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Historicamente, o farmacêutico é um profissional que mantém contato com pacientes usuários de medicamentos, todavia, a partir da década de 1940, houve uma perda de sua identidade clínica decorrente do processo de industrialização dos medicamentos. Alguns países, percebendo as mudanças que estavam acontecendo, iniciaram um processo de mudança nos currículos dos cursos de farmácia com forte direcionamento clínico. No Brasil, ocorreu um atraso nas mudanças e mentalidade, e apenas recentemente ocorreu uma mudança de paradigma, sendo o farmacêutico voltado ao usuário do medicamento - o paciente é o foco (CARVALHO et al., 2014).
De acordo com os dados da OMS, os hospitais gastam de 15% a 20% de seus orçamentos para lidar com complicações causadas pelo uso inadequado dos medicamentos (ANVISA, 2006).
1. 1 Farmácia Clínica
Conceitua-se farmácia clínica como: “Toda ação praticada pelo farmacêutico e voltada direta ou indiretamente para o paciente (p. ex., farmacovigilância, centro de informações de medicamentos, atenção farmacêutica, seguimento farmacoterapêutico, discussão de casos clínicos com a equipe multiprofissional, etc) (CARVALHO et al., 2014). Os resultados clínicos obtidos com as ações clínicas do farmacêutico são (CARVALHO et al., 2014): melhora na adesão aos tratamentos farmacoterapêuticos; melhora na qualidade de vida dos pacientes; diminuição da incidência de reações adversas e interações medicamentosas; diminuição no tempo de internação; diminuição de morbidade e mortalidade dos pacientes; diminuição de custos.
A implementação de serviços farmacêuticos clínicos no hospital possibilita aumento da segurança e da qualidade da atenção ao paciente, além, como citado, a redução de custos e aumento da eficiência hospitalar (STORPIRTIS, 2008).
O farmacêutico clínico auxiliará na prevenção de erros de medicação, que são definidos como quaisquer eventos evitáveis que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de