Escola do Poder - Mintzberg
MintzbergNa prática, poder e política nunca estiveram ausentes das organizações, especialmente das grandes, nem dos seus processos de formulação de estratégias. Foi apenas uma questão de tempo para que tudo isso fosse reconhecido formalmente e escrito.
A escola do aprendizado introduziu poder e política na discussão, em comparação com as quatro primeiras escolas, que as ignoram. A escola de poder caracteriza a formulação de estratégia como um processo aberto de influência, enfatizando o uso de poder e política para negociar estratégias favoráveis a determinados interesses.
A palavra poder é utilizada aqui como o exercício de influência além da esfera puramente econômica e política torna-se sinônimo de exploração do poder de maneira que não seja puramente econômica, sendo entendida com a manipulação hábil e consciente de forças internas e externas à organização buscando os interesses e os limites para a ação.
Estratégias que são genéricas para a escola de posicionamento, podem, com uma ligeira mudança de percepção, passar a ser políticas na escola do poder. Com a escola de posicionamento tendo se situado de um lado, a escola de poder pode assumir seu lugar no outro. Mas essa distinção deve ser considerada artificial: a realidade abrange uma série contínua das duas, sendo impossível fazer distinção nas margens.
Mintzberg subdivide esta escola em dois ramos: a do poder micro que lida com o jogo de política dentro da organização, e a do poder macro que diz respeito ao uso de poder pela organização. O primeiro focaliza os agentes internos em conflito com seus colegas defendendo interesses próprios; o segundo vê a organização agindo em seu próprio interesse, em conflito ou cooperação com outras organizações, já que a organização está inserida em um contexto e tem que lidar com o ambiente externo.
Assim como no livro, também dividimos nosso trabalho em três seções: a primeira é sobre o poder micro, a segunda trata do poder macro e