escolas do planejamento estrategico
Autoria: Edmundo Escrivão Filho, Sérgio Perussi Filho, Ana Cláudia Fernandes Terence
Resumo
Este ensaio busca compreender fatores restritivos e facilitadores ao êxito da administração estratégica com a proposição de uma representação sistêmica fundamentada nas escolas estratégicas apresentadas por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), em “Safári de
Estratégia”. A análise das escolas permite agrupá-las por meio dos conceitos de liderança
(abordagem interna e individual), organização (abordagem interna e coletiva) e ambiente
(abordagem externa). É proposto um “Sistema de Administração Estratégica” formado por esses três conceitos e as escolas estratégicas. O sistema permite compreender incongruências nas concepções estratégicas das empresas, ajudando a refletir sobre a eficácia das ações colocadas em prática. Adicionalmente permite compreender como o ensino sobre estratégia tem sido especializado e prejudicial à visão e atuação profissional do estrategista.
Introdução
O volume de estudos acadêmicos e de publicações, o interesse de executivos e a atuação de consultorias não permitem subestimar a relevância da administração estratégica.
Conforme Clegg, Carter e Kornberger (2004, p.22), “a atual importância da estratégia para as organizações e os gestores não pode ser considerada um exagero”.
Durante muito tempo os estudos de pós-graduação em Administração (entre outros,
FEA-USP, FGV-SP e COPPEAD-UFRJ) foram organizados em quatro áreas funcionais
(finanças, marketing, produção e recursos humanos) e em uma quinta área denominada de
Administração Geral (equivalente ao management americano ou, mais recentemente, denominada de Estudos Organizacionais ou Teoria das Organizações ou Análise
Organizacional). Bertero (1982, p.481) registra que “estratégia empresarial designa uma área que é inegavelmente a de administração geral”. Os