Escola de fronteiras - resumo
O programa Escolas Bilíngues de Fronteira (PEBF), surgiu a fim de facilitar o estreitamento do ensino em regiões fronteiriças onde se fala o português e o espanhol, nesse caso, Brasil e Argentina. Em 2004, a reunião entre equipes dos dois ministérios de educação, brasileiro e argentino, em Buenos Aires, lembrando de outro plano militar chamado “Marchemos hacia las Fronteras”, que formulava uma parceria com a Policia federal do Brasil., marca uma mudança nas relações entre esses países.
Antes disso, em 1991, é firmado pelos países membros do MERCOSUL, o chamado Tratado de Assunção, que define o espanhol e o português como idiomas oficiais. Dessa forma, surge a necessidade da difusão do aprendizado dessas línguas por meio dos sistemas formais e informais de educação, considerando a questão da identidade como algo fundamental.
Em 2003, com o objetivo de fortalecer essa relação entre os dois países, de maneira a ensinar o português na Argentina, e o espanhol, no Brasil, firma-se a “Declaração Conjunta de Brasília”. A partir daí, equipes técnicas argentinas começam a pesquisar a respeito do ensino bilíngüe, assim como temas de fronteira, que levaram a um documento que pudesse facilitar os objetivos dessa declaração.
Esta pesquisa resultou na necessidade de levantar dados a respeito da realidade sociolingüística dos professores e alunos que viviam em zona fronteiriça, que pudessem apontar: a) o grau de conhecimento do espanhol padrão dos docentes das escolas da fronteira de Corrientes e Misiones; b) o grau de conhecimento de português de docentes e alunos e c) as representações sobre estas línguas e outras, como o guarani. Assim, em maio de 2004 surgiu a primeira versão do “Projeto-piloto de Educação Bilíngue. Escolas de Fronteira Bilíngues Português-Espanhol”.
Em junho desse mesmo ano, foi assinada, em Buenos Aires, uma nova Declaração Conjunta, denominada “Modelo de ensino comum em escolas de zona de fronteira, a partir do