Escola de frankfurt
Escrito por Editoria MSM | 27 Maio 2007 em http://www.midiasemmascara.org/arquivos/6083-a-escola-de-frankfurt.html Por Ipojuca Pontes. Cineasta, jornalista, e autor de livros como A Era Lula, Cultura e Desenvolvimento e Politicamente Corretíssimos. Também é conferencista e foi Secretário Nacional da Cultura.
O pensamento da Escola de Frankfurt perpetua, no plano cultural, a gororoba revolucionária de Marx, sob a capa do aprofundamento de uma nova visão crítica. Quando o industrial alemão Hermann Weil, explorador do trigo e da mão-de-obra barata da Argentina, financiou em 1923 a emergente Escola de Frankfurt e sua “Revista de Pesquisa Social” – aglutinadoras de intelectuais de esquerda insatisfeitos com o rumo da Revolução Soviética de 1917 - jamais poderia imaginar que sua grana fértil se tornaria, em meados do século 20, propulsora do movimento da contracultura, cujo objetivo final continua sendo o questionamento e a rejeição dos valores erguidos pela civilização ocidental e cristã. O industrial Weil, judeu de boa cepa, pretendia ajudar a promover o “pluralismo de concepções e interpretações da modernidade” sem nenhum parti pris ideológico ou a predominância de qualquer tipo de doutrina. Em vez disso, o “inocente útil” só fomentou o fenômeno da contestação cultural e suas distintas formas de sub-cultura, tais como, por exemplo, o movimento hippie com o seu permanente apelo ao consumo da maconha, ácido lisérgico, rock, vagabundagem, promiscuidade sexual e, mais tarde, no campo do pensamento e da criação artística, a “desconstrução” dos textos filosóficos e literários caros ao mundo ocidental. Com efeito, desde o início, a Escola de Frankfurt tinha em vista a “desestruturação” de idéias e valores até então estabelecidas.
Na raiz deste vasto somatório desagregador predomina sempre o pensamento revolucionário de Karl Marx e suas nebulosas interpretações econômicas e “filodóxicas”. Como se sabe, o pensador alemão, em O Capital, denuncia a