Esboço sobre interdisciplinaridade

O Processo de Interdisciplinaridade Por Carlos Henrique Lopes, estudante do curso de Licenciatura em História, da Universidade Federal de Alagoas – Campus Sertão, para a matéria Seminário Integrador, dos Professores Kleber e Filipe.

A busca de uma melhoria nos sistemas de educação e ensino, tendo como finalidade a formação de pessoas cada vez mais capazes de raciocinar utilizando diferentes aspectos do próprio conhecimento na resolução de problemas específicos ou cotidianos, trouxe a criação de uma nova forma de ensinar: a interdisciplinaridade. Definida como a relação entre diferentes áreas de estudo sobre uma mesma temática e coordenada segundo um parâmetro de trabalho, para alguns estudiosos da educação, ela não é estática e nem definitiva, mas sim um meio de transição entre a atual especialização (a qual tem o enfoque na formação específica do profissional em determinada área isolada do conhecimento), e a “transdisciplinaridade”, um conceito relativamente novo no mundo acadêmico, e que segundo a proposta original de Erich Jantsch, pesquisador austríaco, “é o reconhecimento da interdependência de todos os aspectos da realidade”. Para compreender essa temática se faz necessário, historiar um pouco sobre ela, começando pelo conceitos do termo disciplina, e suas variações, aonde são anexadas os prefixos “multi”, “pluri”, “inter” e “trans”, e o significado de cada termo assim formado. Um estudioso menos atento verá ao observar através da história da relação sociedade-sistema de ensino, que apesar da sociedade caminhar para uma diluição das diferenças e limites culturais, étnicos, geográficos e do conhecimento, através da globalização, o sistema de ensino formal, tem se dirigido a partir da sua criação, na direção contrária, rumo a delimitações e/ou especializações num processo de fragmentação. Essa conclusão, no entanto, é refutada diante de uma análise mais profunda, a qual demonstrará que a pesquisa, o ensino e a produção do conhecimento apenas