Esboço de um estudo sobre os juizos morais
António Teixeira Nº39534 Ètica e Direito da Comunicação 2011/2012
Introdução
Este trabalho encontra-se no âmbito da cadeira de Ètica e Direito da Comunicação, particularmente, no módulo de Ètica. Pretendeu-se elaborar uma tese que fosse de encontro ao carácter da disciplina, e pois, o discente optou por realizar um estudo sobre os juízos morais, no seu carácter de juízo, e por isso, proposição, ou seja, no seu âmbito comunicativo; De igual modo, o facto de um juízo ser moral, isto é, predicar os conceitos de bom ou mau, fundamenta o seu carácter ético, primeiro enquanto descrição, e posteriormente enquanto prescrição.
I Carácter dos juízos morais
Consideramos um juízo moral uma proposição “A é z”, onde existe a atribuição de um predicado do conjunto Z= (X= ⌐Y = ˅ Y= ⌐X= )a um objecto A= (P= ^Q= . Pois, e como expresso formalmente acima, devemos proceder a uma atomização dos dois elementos necessários a um juízo moral, a saber, o elemento A, que representa o objecto; o elemento z, que representa o predicado. Suponha-se o juízo “o João é mau”, onde definimos como objecto “João” e como predicado “mau”. Numa primeira análise a um juízo desta forma, facilmente concluímos que o predicado deve ser um elemento que respeita a uma propriedade do objecto, tal como acontece em proposições do género “O Miguel é belo” ou “A Maria é morena”. No entanto, e pese o predicado aparentar referir-se a uma propriedade do sujeito (no exemplo descrito, à maldade), o discente discorda desse ponto, por razões que irão ser posteriormente apresentadas. Neste capitulo apenas serão especificadas as divisões das proposições descritivas que denominamos juízos morais. Das três proposições propostas, quais consideramos um juízo moral? O segundo enunciado predica um sujeito “Miguel” com um conceito abstracto que se refere á propriedade da beleza: “belo”, ou seja, um conceito estético que pode ser debatido enquanto objectivo ou subjectivo.