Crônica a casa
Poderia ser igual a todas as outras, com cimento, tijolos e areia. Algo comum entre a maioria das casas, mas não, esta em especial, tem um toque, um quê. Um misto de tecnologia e regionalismo revela as faces mais diversas do dia a dia.
Subindo a calçada, em frente ao portão de ferro, um cachorro e uma área relativamente espaçosa. A tranqüilidade são as marcas principais dela. Com paredes brancas, duas estátuas de borboletas pregadas, dando um colorido e alegria. A imagem de Jesus Cristo também está lá, bem na porta, demonstrando a fé dos que moram ali e abençoando todos que lá entram. Ao entrar na casa, podemos ver as marcas regionais. A tradicional rede que os cearenses tanto prezam, aquele cochilo aconchegante durante a tarde ensolarada e ventilada, pois ela está bem na sala, já no armador, prontinha para o repouso. Assim é a casa, calma, com quartos espaçosos, um vento gostoso que sai do corredor e entra pelas venezianas das janelas de madeira.
Com traços ainda de reforma, a casa se mostra forte, mesmo com os problemas de falta d’água de vez em quando. Mas ela está firme, esperando novas mudanças, como uma dama vai ao salão de beleza para ficar mais bonita, esta também espera uma pintura, um móvel novo, ou até mesmo a chegada de algum outro membro a lhe habitar.
Ela tem um único dever ali, aceitar os que ali estão e conviver com cada tecnologia que surge. Ao observar seus dois andares, é perceptível suas necessidades de melhoria. Em pensar que tudo começou pelo primeiro tijolo, assim como muitos sonhos partem de pequenas atitudes.
A casa que abriga cinco pessoas, um cachorro e um gato, remete trajetórias, sonhos ou até mesmo o destino que lhe guiou até seus únicos moradores. A sua construção, seu projeto, sua missão. A casa de tijolos, com quintal, com pé de acerola, com computador, TV, com a alma boa.
A transparência, a simplicidade a vontade de se fazer melhor. A medida que se passam os anos, ela fica mais bonita, mais jovem, aparece