A banalidade do mal em hannah arendt
Um esboço de anteprojeto monográfico
Apresentação
Hannah Arendt nasceu em Hanover, em 1906. Filha de família judia, rica e intelectualizada, chegou a ler Kant aos dezesseis anos. Na Alemanha, estudou nas Universidades de Marburgo, Friburgo e Heidelberg. Nesta última, onde se doutorou em 1928, foi aluna de Heidegger e Jaspers. Entre suas produções mais famosas, quase todas com boas traduções para a língua portuguesa, estão The Human Condition (1958); Between Past and Future (1961); Eichmann in Jerusalem: A Report on the Banality of Evil (1961); A famosa trilogia The Origins of Totalitarianism - I. Antisemitism (1951) II. Imperialism (1958) III. Totalitarianism (1966); e The life of Mind (1978), talvez sua mais importante obra traduzida por A Vida do Espírito, lamentavelmente inconclusa devido ao seu passamento em dezembro de 1975.
Hannah Arendt destacou-se por sua capacidade, a bem dizer fascinante, de mobilizar os recursos de uma cultura vastíssima e colocá-la a serviço da formulação de suas grandes teses, o conjunto de suas obras é um marco na história da filosofia por iluminar o debate sobre as relações entre a filosofia e a política, que influenciou novas gerações dos pensadores praticamente no mundo inteiro:
Hoy en día, sin embargo, el conjunto de la producción de Hannah Arendt está siendo revalorizado, sus obras, que han sido traducidas a todos los idiomas cultos, son presentadas como un nuevo modelo para las ciencias políticas en los departamentos universitarios y la literatura que se la dedica en EEUU y en Europa se ha hecho inmensa.[1]
Através de Heidegger, Arendt aprendeu a distinguir "entre um objeto de erudição e uma coisa pensada", ou seja, que pensar não é pensar sobre alguma coisa, mas pensar alguma coisa. Entretanto, também com Heidegger, verificou a relação dilemática dos filósofos com a política cuja origem remonta a Platão. Para escapar dessa relação, valeu-lhe a lição, colhida junto a Jaspers, de fé na