ERA UMA VEZ: UMA VISÃO PSICANALITICA
João Bosco Vieira Cavalcante¹;
Maria Heloisa Helena Sampaio Moreira¹
1.Estudante em Docência da Educação Brasileira pela Sapiens – Faculdade de
Ciências Humanas da Paraíba - Polo Ceará. e-mail: m.heloisasampaio@ibest.com.br
Com base na análise da teoria psicanalítica freudiana a partir dos contos de fadas, pretendemos demonstrar que para dominar problemas psicológicos do crescimento, tais como decepções narcisistas, dilemas edipianos, rivalidades fraternas etc., a criança precisa entender o que está se passando dentro de seu eu consciente para que também possa enfrentar o que se passa em seu inconsciente. Isso, no entanto, não será alcançado através de uma compreensão racional, mas sim através de devaneios, de fantasias. A presente pesquisa desenvolveu-se mediante a análise da obra “Psicanálise dos Contos de Fadas” de Bruno Bettelheim(1980). Outros autores como BRITO em “A psicanálise e a narrativa popular: o uso terapêutico dos contos de fadas”(2013) e CHAUÍ em “Repressão Sexual, nossa (Des)conhecida” (1984) foram importantes como referencial teórico no tocante à discussão do conto de fadas como instrumento terapêutico. Já FREUD em “Para Além do Princípio do
Prazer”(1969) fundamentou nossa discussão sobre a psicanálise. Os resultados foram previamente apresentados no grupo de estudos ligado ao programa de
Mestrado em Docência da Educação Brasileira. Entendemos que o contato com o conto de fadas possibilita aprender mais sobre os dilemas interiores do ser humano e sobre as soluções para estes dilemas. Para Bettelheim(1980), essas narrativas falam das pressões internas infantis de uma maneira que a criança possa compreender o inconsciente, sem negligenciar as lutas interiores mais sérias que o crescimento psicológico pressupõe, oferecendo modelos de soluções temporárias e permanentes para as dificuldades mais urgentes. Segundo BRITO(2013) por serem narrativas orientadas