Psicossomática e a psicanálise
Palavras-Chave: Psicossomática, psicanálise, neuroses
Introdução
Nas últimas décadas a palavra “psicossomática” passou a ser usual tanto no meio médico e psicológico quanto no meio da comunidade científica, sendo que também já não era novidade no meio das sociedades psicanalíticas, que desde as manifestações de conversão da histeria reveladas por Freud, no início da forma do pensar psicanalítico, colocam os analistas frente às questões do adoecimento do corpo.
A palavra psicossomática determina uma nova visão da abordagem das doenças, as quais passam a ser entendidas como parte de um processo mais amplo do que somente aos sintomas que se manifestam. Quando usamos a expressão “doença psicossomática” dizemos que a causa é psicológica, mas a pessoa apresenta mudanças clínicas detectáveis por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa está tendo danos físicos - chamamos de doença psicossomática.
Em psicossomática, nas últimas décadas, os avanços da investigação psicanalítica, e outros não psicanalíticos, tornaram de interesse para o psicanalista não somente a contribuição da Psicanálise para a psicossomática, mas também a desta para aquela. Estudos recentemente publicados corroboram a eficácia terapêutica da Psicanálise e de tratamentos baseados na teoria psicanalítica bem como sufragam a tese de que a psicoterapia, incluindo-se a psicanaliticamente orientada, conquanto exija longo tempo do terapeuta, não se revela dispendiosa em relação a outros tratamentos, se considerados custos e benefícios.
As lesões psicossomáticas são caracteristicamente enigmáticas, pois tanto podem aparecer como que “do nada” e do mesmo modo que se apresentaram vão embora. Ou,