equivalencia de estimulos

327 palavras 2 páginas
Sabe aquela frase atribuída ao Cateano Veloso pela qual "Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa, ou não"? Diria que a parte do "ou não" está mais correta, pois às vezes (muitas vezes, por sinal) uma coisa é outra coisa.

Parece ilógico?

Para Aristóteles é, pois ele fundou a Lógica a partir de 3 princípios básicos:

1) Identidade ("Uma coisa é igual a si mesma". Ex: Eu sou eu).

2) Exclusão ("Uma coisa é algo porque é diferente de outra coisa". Ex: Eu sou eu porque não sou você).

3) Lei da não-contradição ("As coisas só podem ser verdadeiras ou falsa. Não há um terceiro termo" Ex: Eu não posso ser você, porque eu sou eu).

Ou seja, uma coisa é uma coisa. O "ou não" estaria errado.

Mas talvez Aristóteles, que estava falando de lógica, tenha esquecido que no plano simbólico, da estética e da fala, p.e., uma coisa pode ser sim outra coisa.

Murray Sidman, levando a sério a importância da lógica, demonstrou, experimentalmente, como usamos eles a nivel comportamental para lidar com estímulos do ambiente.

Suas conclusões de como estabelecemos operações lógicas sobre o que nos cerca foi chamada por ele de "equivalência de estímulos"(porque, imagino, mostra como as coisas podem ser equivalentes, trocando de significado entre si).

Para Sidman, a equivalência de estímulo ocorre quando 3 condições são satisfeitas:

1) reflexividade: Um estímulo é entendido com ligado a outro, como um reflexo num espelho.

A rosa é ligada, culturalmente, ao conceito de amor

2) simetria: Se o estímulo "X" equivale ao "Y", então o "Y" também equivale ao "X".

Voltando ao exemplo anterior, quando alguém fala "Amor" uma pessoa pode pensar em rosas.

3) transitividade: Se "X" equivale a "Y", e "Y" a "Z", então "X" equivale a "Z".

Se "rosa" leva a "amor", e "coração" leva a "amor", então:

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