equações diferenciais ordinárias
Solução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias
6.1.
INTRODUÇÃO
Muitos problemas encontrados em engenharia e outras ciências podem ser formulados em
termos de equações diferenciais. Por exemplo, trajetórias balísticas, teoria dos satélites artificiais, estudo de redes elétricas, curvaturas de vigas, estabilidade de aviões, teoria das vibrações, reações químicas e outras aplicações estão relacionadas com equações diferenciais. O objetivo deste capítulo é apresentar uma introdução à resolução de equações diferenciais ordinárias através de métodos numéricos.
A equação:
𝑦0 = 𝑓 𝑥, 𝑦 ,
(5.1)
é chamada Equação Diferencial de primeira ordem. Nesta equação 𝑓 é uma função real dada, de duas variáveis reais 𝑥 e 𝑦, e 𝑦 é uma função incógnita da variável independente 𝑥. Além disso, 𝑦 e
𝑓 podem ser vetores, caso em que teremos um sistema de equações diferenciais de primeira ordem.
Trataremos inicialmente apenas o caso escalar.
Resolver (5.1) corresponde a se determinar uma função 𝑦 = 𝑦(𝑥), diferenciável, com
𝑥 𝜖 [𝑎, 𝑏] tal que 𝑦′(𝑥) = 𝑓(𝑥, 𝑦(𝑥)). Qualquer função que satisfaça essa propriedade é uma solução da equação diferencial (5.1). Por exemplo, a função 𝑦(𝑥) = 𝐶𝑒 𝑥 é, para qualquer valor da constante C, uma solução da equação diferencial 𝑦′ = 𝑦. Assim, cada equação diferencial de primeira ordem possui um número infinito de soluções. Contudo, podemos selecionar uma solução particular, se junto com a equação diferencial for dado o valor da solução 𝑦(𝑥) em um ponto, por exemplo, 𝑦(𝑥0 ) = 𝑦0 (chamada condição inicial). Se para a equação diferencial: 𝑦′ = 𝑦 é dado que 𝑦(0) = 1 então obtemos 𝐶 = 1 e assim a solução do (p.v.i.) é 𝑦(𝑥) = 𝑒 𝑥 . A equação diferencial juntamente com a condição inicial constitui um problema de valor inicial, (p.v.i.), isto é:
𝑦 ′ = 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑦 𝑥0 = 𝑦0
O seguinte teorema estabelece condições sobre a 𝑓(𝑥, 𝑦) as quais garantem a existência de uma