Enzimas
Soares, V.F.1, Castilho, L.R.2, Bon, E.P.S.1 e Freire, D.M.G.3
1 Laboratório de Tecnologia Enzimática – Depto. de Bioquímica – IQ – UFRJ
2 Programa de Engenharia Química – COPPE – UFRJ
3 Laboratório de Biotecnologia Microbiana – Depto. de Bioquímica – IQ – UFRJ
E-mail: freire@iq.ufrj.br
RESUMO
Uma cultura de Bacillus subtilis crescida em meio líquido contendo peptona, extrato de lêvedo e óleo de soja foi inoculada em um rejeito industrial da extração do óleo de soja (torta de soja) e do óleo de babaçu (torta de babaçu). As fermentações foram conduzidas a 30oC com teor de umidade inicial de 70% p/v. Os melhores resultados foram obtidos quando se utilizou a torta de soja sem nenhuma suplementação. O perfil de atividade proteásica, pH e teor de umidade foram acompanhados durante 200 horas de fermentação com diferentes concentrações de inóculo. O aumento da concentração do inóculo acarretou uma antecipação do pico de produção, proporcionando um aumento na produtividade de cerca de 1,8 vezes. O nível de atividade e produtividade obtido para a maior concentração de inóculo foi 960U/g e 15,4U/g.h, respectivamente. Estes resultados indicam que esta cepa apresenta excelente potencial biotecnológico de produção desta enzima por fermentação no estado sólido.
INTRODUção
As proteases ocupam 60 % do mercado mundial de vendas e utilização de enzimas em decorrência de sua aplicação em diferentes atividades industriais, tais como processamento de alimentos e bebidas, formulação de detergentes e produção de medicamentos, entre outras. A produção destas enzimas por diferentes microrganismos tem sido bastante relatada na literatura, especialmente por fermentação submersa (Romero et al., 2001; Singh et al., 2001). A fermentação no estado sólido apresenta algumas vantagens sobre a fermentação submersa: normalmente é um processo simples, de baixo capital de