ENZENSBERGER, Guerra Civil

2083 palavras 9 páginas
Guerra Civil
Visões da Guerra Civil
Contexto: Autor alemão, nasceu em 1929 (ainda vivo). Livro escrito em 1995
Exceção monstruosa, regra monstruosa.
Os animais lutam, mas não fazem guerra. O homem é o único primata que planeja o extermínio dentro de sua própria espécie e o executa entusiasticamente e em grandes dimensões.
A guerra é uma de seus invenções mais importantes; a capacidade de estabelecer acordos de paz é provavelmente uma conquista posterior.
A guerra civil não seria apenas uma antiga tradição, mas a forma original de todos os conflitos coletivo.
Por outro lado, a guerra “cultivada” entre nações, travada contra um Estado externo inimigo, é uma derivação relativamente tardia.
No século XIX a carnificina passou por uma racionalização:
Por um lado foi expandida mediante a introdução generalizada do serviço militar obrigatório e o desenvolvimento tecnológico
Por outro, os Estados buscaram submeter suas guerras a regulamentações de ordem do direito internacional.
O que é mais estranho: matar gente conhecida ou aniquilar um inimigo de quem não se tem nenhuma ideia, nem mesmo falsa?
O que leva o homem a exterminar o que odeia? –Medo? -
Velhas dividas, novas massas
Até 1989, duas inconciliáveis superpotências nucleares opunham-se frontalmente, e a Alemanha dividida era o ponto de confluência dessa confrontação.
O sinal mais visível do fim da ordem mundial bipolar são as cerca de 40 guerras civis declaradas atualmente em curso em todo o mundo. Tudo indica que no futuro esses conflitos tendem a multiplicar-se, não a reduzir-se.
Mas enquanto a guerra de Estado clássica tende à monopolização do poder, fortalecendo o aparelho de Estado acima de todos os níveis, na guerra civil existe a ameaça permanente do colapso da disciplina e da desagregação das milícias em bandos armados que operam segundo os próprios desígnios.
A chamada Realpolitik providenciava para que cada guerra civil fosse insuflada e instrumentada por forças externas. As partes

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