A entrevista clínica não é um tema fechado e único, psicólogos podem optar entre seus diversos modelos, dependendo do que pretendem com ela, de suas próprias convicções e também de como o entrevistado vai lhe colocando determinadas situações. Creio que é o entrevistador quem conduz esse processo, porém, é guiado por quem está entrevistando. Entrevistas consistem em fazer uso de técnicas investigativas, tendo conhecimentos psicológicos, objetivando avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, para só depois propor alguma intervenção benéfica; podendo ser utilizadas com parte do processo de tratamento ou encaminhamento. Esse procedimento se adapta as diversidades e explica muitas particularidades que não teriam a devida atenção em outros procedimentos que já são padronizados. Portanto, a entrevista clinica tem grande importância na avaliação psicológica. A entrevista clinica é dirigida, pois mesmo em alguns casos sendo chamada de livre, quem entrevista deve ter clareza em seus objetivos. O entrevistador tem um papel privilegiado, pois é quem vai aplicar as técnicas psicológicas para atuar de alguma maneira em seu ouvinte, portanto, deve ter consciência de que está diante de outro ser humano, saber se portar e o que pode ou não fazer, é algo essencial. É claro que a entrevista depende muito da colaboração do entrevistado, pois é ele quem fornece informações e se este possuir alguma ressalva quanto a responder questões e se abrir, pode de certa forma, prejudicar o andamento do processo. Mas descobertas as causas do que o trava tudo pode fluir normalmente e até de forma mais produtiva, pois teríamos acesso a características do sujeito. Já o entrevistador deve ter treinamento especializado e ser muito competente, tentando criar um clima que facilite a discussão de quaisquer assuntos propostos. Todos os detalhes devem ser levados em consideração – algo que me parece bem difícil, pois o ser humano às vezes diz algo muito importante, mas não