Entrevista Clínica para Iniciantes
TERAPEUTA INICIANTE
Rodrigo Dal Ben de Souza*
Victor Rodrigo Tardem Delefrati **
Marcos Roberto Garcia***
RESUMO:
A entrevista clínica inicial é encarada com temor e ansiedade pela maioria dos graduandos de
Psicologia. O que devo perguntar? E se ele me fizer uma pergunta que não sei responder? São exemplos das várias perguntas que assombram os alunos. O presente trabalho apresenta informações sobre a entrevista clínica inicial com adultos, é voltado, portanto, para alunos de
Psicologia que começam a atender em clinicas escola, bem como para terapeutas iniciantes.
Em especial para aqueles fundamentados na Análise do Comportamento. Para tanto foi realizada uma revisão bibliográfica dos trabalhos publicados sobre o tema no Brasil. A entrevista inicial pode ser conceituada como uma interação verbal entre pessoas com fins terapêuticos, orientada por três objetivos: interacionais, coleta de dados e intervenção. A forma com que esses objetivos são alcançados pode variar em cada entrevista, entretanto, a literatura sugere que a entrevista seja estruturada e que o entrevistador desenvolva habilidades como empatia, capacidade de operacionalizar informações, entre outras. A entrevista clínica inicial, como uma atividade terapêutica, depende do contato do aluno com as contingências e não pode ser completamente aprendida de forma teórica, não obstante, orientações prévias se mostram bastante valiosas e eficazes.
PALAVRAS-CHAVE: entrevista clínica; terapeutas iniciantes; análise do comportamento.
INTRODUÇÃO
A primeira entrevista clínica gera vários sentimentos nos graduandos e em terapeutas iniciantes. A empolgação de finalmente sair dos livros e ter contato com o mundo prático é acompanhada pela ansiedade e incerteza sobre como se comportar em relação a um cliente quase que totalmente desconhecido, exceto pela poucas informações que constam na triagem.
Nesse momento é comum ouvir perguntas